Constru��o 'encolhe' no trimestre, mas supera resultado do PIB no ano
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) apontam que a constru��o civil teve entre julho e agosto seu pior trimestre desde a retomada econ�mica p�s-crise. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o setor teve contra��o de 2,3% no per�odo, o pior resultado desde a queda de 7,9% verificada no 1� trimestre de 2009.
Com esse resultado, foi a primeira vez em seis trimestres em que o desempenho do PIB da constru��o foi inferior ao do PIB nacional, que registrou alta de 0,5% na compara��o com os tr�s meses anteriores.
No acumulado do ano, no entanto, a constru��o civil ainda registra um dos melhores desempenhos entre os setores da economia, com expans�o de 13,6%, acima da alta de 8,4% do PIB nacional no mesmo per�odo.
O dado trimestral do IBGE contrasta com o levantamento divulgado nesta semana pelo Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil do Estado de S�o Paulo. De acordo com o Sinduscon, a ind�stria da constru��o deve fechar o ano com expans�o de 11%, bem acima do percentual de 7,5% previsto para o PIB.
Metodologia
Para o diretor de economia sindicato, Eduardo Zaidan, o dado negativo apontado pelo IBGE reflete uma desacelera��o na produ��o f�sica de material de constru��o. Segundo ele, o c�lculo do instituto n�o reflete adequadamente a realidade do setor.
�O IBGE faz a avalia��o trimestral por um �ndice que � a produ��o f�sica de material de constru��o, n�o leva em conta emprego, servi�os prestados. Se teve algum problema na produ��o, isso acontece�.
Ele admite, no entanto, que desde setembro a constru��o civil tem verificado uma perda de dinamismo: �mas n�o tem queda n�o�, diz.
Essa desacelera��o j� pode ser verificada na perda de ritmo de contrata��o no setor, que em setembro teve alta de 0,94%, frente a uma alta de 1,75% no m�s anterior. E deve se acentuar em 2011, ano para o qual o Sinduscon prev� uma alta de 6% na ind�stria da constru��o, frente aos 11% esperados para este ano.
Adriano Gomes, professor do curso de Administra��o da ESPM, refuta a ideia de crise no setor: �todo final de ano tem esse arrefecimento natural�, afirma. �Me parece exagerado dizer que a gente esteja observando um movimento de queda. Quando se mede exatamente a capacidade do setor, se tem uma capacidade mais abrangente�.
De acordo com o analista da Tend�ncias Consultoria, Rafael Bacciotti, o desempenho ruim da ind�stria como um todo tamb�m � resultado de um ajuste nos estoques: �o que tem explicado essa acomoda��o da ind�stria � algum processo de ajuste de estoque, ind�strias que acumularam bastante ao longo do primeiro semestre. Mas com a demanda forte, a atividade industrial deve voltar a um patamar mais elevado�, afirma.
Fonte: G1
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