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    N�mero de pedreiras brasileiras sobe 119% em 5 anos

    A ind�stria da constru��o civil aos poucos d� mais espa�o �s mulheres nos canteiros de obras. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), 239.242 trabalhadoras ocupavam postos no setor at� julho � alta de 119,48% em rela��o �s 109.006 registradas em 2007. E elas se distinguem dos homens pelo maior grau de qualifica��o para a execu��o de servi�os.

    A presen�a feminina na �rea operacional das construtoras ainda � relativamente pequena, embora mostre trajet�ria de alta, segundo o vice-presidente de rela��es capital trabalho do Sindicato da Constru��o do Estado de S�o Paulo (Sinduscon-SP), Haruo Ishikawa. �A mulher foi inserida por causa de falta de m�o de obra qualificada�, diz.

    A contrata��o de pedreiras pelas empresas depende, segundo ele, do tipo de servi�o, do tamanho e da cultura de cada organiza��o. �Algumas n�o t�m nenhuma no quadro de pessoal. Outras chegam a ter 10%. H� at� casos em que, a cada dez azulejistas, seis s�o mulheres.�

    As escolas de forma��o profissional s�o as principais fornecedoras de m�o de obra feminina para as empresas, de acordo com Ishikawa. Os cursos no mercado permitem que as trabalhadoras recebam capacita��o para executar servi�os que lidem com alvenaria, eletricidade, hidr�ulica, gesso, pintura e assentamento de pisos e azulejos.

    Nesta segunda-feira, 15 mulheres ser�o reunidas � equipe feminina da incorporadora e construtora Gafisa � todas alunas de um projeto de qualifica��o e inser��o de oper�rias nos canteiros. Quando isso ocorrer, a empresa ter� ao todo 90 profissionais, um crescimento de 32% no n�mero de colaboradoras frente a setembro de 2011.

    �Temos um foco um pouco maior na atividade de acabamento porque algumas das qualidades da mulher s�o a organiza��o e a preocupa��o com detalhes�, diz a gerente de gente e gest�o da companhia, Adriana Farhat.

    A Gafisa realizou pequenas adapta��es na �rea de conviv�ncia das obras para garantir o conforto das oper�rias. As mais representativas foram a instala��es de banheiros e vesti�rios. �At� hoje, n�o tivemos problemas relevantes entre os homens e as mulheres�, conta Adriana, que v� benef�cios no conv�vio. �Basta uma mulher para ter um ambiente de trabalho mais harmonioso e respeitoso.�

    Elisa Bataglia, de 52 anos, ser� um das contratadas da empresa. Ex-professora de dan�a, ela resolveu dar um novo rumo em sua carreira, quando optou por frequentar aulas no projeto Mulheres que Constroem � uma parceira do Sindicato dos Trabalhadores da Constru��o Civil de S�o Paulo (Sintracon-SP) com a Escola de Altos Estudos de S�o Paulo (Esaesp).
    �J� fiz o curso de pintura, estou terminando o de gesso e alvenaria. Pretendo fazer ainda piso e azulejo�, diz Elisa. Na �ltima quarta-feira, ela participou com colegas do projeto da sexta edi��o da feira setorial da constru��o civil Concrete Show, onde as trabalhadoras constru�ram juntas um muro de alvenaria.

    O Mulheres que Constroem abriu sua primeira turma no m�s de maio, oferecendo seis qualifica��es em cursos de at� 45 dias. �J� formamos 140 mulheres e temos 80 atualmente em curso�, diz a coordenadora do projeto, Ana Paula Tavares.

    Ela explica que a capacita��o t�cnica envolve apenas parte do trabalho com as participantes. �Trabalhamos muito a quest�o de autoestima. A grande maioria � de donas de casa que nunca realizaram nenhum tipo de atividade. Muitas delas s�o divorciadas e sustentam a casa.� A procura pelos cursos, no entanto, n�o se restringe a pessoas de baixa renda, segundo Ana Paula.

    Al�m disso, a iniciativa pretende se adaptar �s necessidades das ex-alunas para incentivar a requalifica��o profissional. �Vamos acompanh�-las por quatro anos para verificar o que ocorre com elas: se evolu�ram de fun��o, se est�o fazendo faculdade�, diz o presidente do Sintracon-SP, Antonio Ramalho.

    Ex-funcion�ria de uma empresa de telemarketing, Viviana P�mela Santos Oliveira, de 24 anos, quer obter conhecimentos pr�ticos de alvenaria na Gafisa antes de al�ar em dire��o ao ensino superior: �Quero fazer engenharia, mas ser uma engenheira que sabe como levantar uma parede, e isso est� em falta no mercado.�

    Fonte: Estad�o

 

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