Cr�dito em alta aquece o mercado da constru��o civil
Juros em queda, renda em crescimento e bancos emprestando dinheiro como nunca para a casa pr�pria: a economia conspira a favor da constru��o civil. No embalo do aumento do cr�dito e dos lan�amentos imobili�rios, quem produz ou vende materiais de constru��o n�o tem do que se queixar. A ind�stria de materiais de constru��o faturou 12,6% a mais nos oito primeiros meses deste ano. No varejo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), os resultados nacionais foram 13,2% melhores no primeiro semestre deste ano em compara��o com o mesmo per�odo de 2006. E o melhor: a expectativa � que seja s� o come�o.
Um mix de fatores tem contribu�do para que os resultados do setor fiquem t�o acima do crescimento previsto para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano, em torno de 4,5%. Com a estabilidade da economia e altera��es nas regras dos contratos (que aumentaram as garantias para os bancos em caso de inadimpl�ncia), os bancos est�o batendo um recorde atr�s do outro no financiamento de im�veis. At� agosto, os financiamentos contratados somaram R$ 10,3 bilh�es, um crescimento de 73,7% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Al�m disso, a renda do brasileiro e o cr�dito para a pessoa f�sica tamb�m cresceram: a massa salarial real ficou 5,2% maior no segundo trimestre deste ano e o saldo de opera��es de cr�dito do sistema financeiro para pessoas f�sicas cresceu 26,5%.
Com mais dinheiro dispon�vel, pipocaram os lan�amentos imobili�rios. �Sem d�vida este � um �timo momento para o nosso setor�, resume o presidente da Associa��o Nacional dos Comerciantes de Materiais de Constru��o (Anamaco), Cl�udio Elias Conz. Os resultados t�m sido t�o positivos que os fabricantes de mat�ria-prima para constru��o civil estudam a possibilidade de rever para cima, pela segunda vez, a estimativa de ganhos deste ano. �Come�amos o ano com uma expectativa de 8% de crescimento, elevamos para 10% e agora devemos reajustar para 12%�, informa o presidente-executivo da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Materiais de Constru��o (Abramat), Melvyn Fox.
N�o s�o apenas os im�veis novos que v�m aquecendo o mercado. Para o varejo, t�o importante quanto o cr�dito imobili�rio � o aumento do cr�dito pessoal e da renda. �As pequenas constru��es e reformas comp�em boa parte do faturamento das lojas. Quanto maior a facilidade de cr�dito, mais as pessoas gastam. E, hoje em dia, com as facilidades de pagamento, � dif�cil entrar em uma loja de materiais de constru��o e sair sem um pacote de compras ou uma encomenda�, informa Fox.
Continuidade
A perspectiva de manuten��o de oferta de cr�dito e redu��o da taxa de juros anima o setor da constru��o. Mas a ind�stria e o varejo de materiais contam tamb�m com a concretiza��o do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) para crescer ainda mais. �O PAC ainda n�o est� influenciando os nossos resultados, porque est� muito atrasado. Assim que as obras come�arem, teremos resultados ainda melhores�, prev� o presidente-executivo da Abramat.
Al�m de criar uma demanda por materiais para as obras de infra-estrutura, o PAC gera expectativa pela cria��o de empregos, j� que a constru��o civil, junto � agricultura, � um dos setores que mais emprega. �Sentimos rapidamente qualquer melhoria na renda da popula��o�, diz Fox. Segundo ele, o crescimento do setor neste ano era esperado. �Depois de 14 meses consecutivos de crescimento, percebe-se que estamos em um processo consistente. N�o � um boom, � a retomada, 20 anos depois, de um processo de redu��o de d�ficit�, avalia.
Fonte: Gazeta do Povo
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