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    Material de constru��o sobe 1,77%

    Paula Cabrera


    Construir ficou 1,77% mais caro em junho. O aquecimento do setor imobili�rio, a expans�o do n�mero de lan�amentos por parte das construtoras e a falta de m�o de obra do setor continuam a causar impacto nos pre�os dos materiais que, segundo o INCC-M (�ndice Nacional de Custo da Constru��o Mercado), registrou 0,93% de evolu��o em rela��o a maio. No ano, o indicador acumula varia��o de 5,29% e nos �ltimos 12 meses soma 6,31%.

    O INCC-M � calculado com base nos pre�os coletados entre os dias 21 do m�s anterior e 20 do m�s de refer�ncia. O �ndice relativo a materiais, equipamentos e servi�os teve varia��o de 1,02%. No m�s anterior, a taxa havia sido de 0,48%. J� nos n�meros que referem-se � m�o de obra no segmento, o incremento foi de 2,59%. No m�s de maio, a taxa ficou em 1,41%.

    Para o representante do Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Loca��o e Administra��o de Im�veis Comerciais de S�o Paulo) na regi�o e presidente da Acigabc (Associa��o dos Construtores, Imobili�rias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci, a alta j� era aguardada e deve-se principalmente � grande demanda do setor.

    "Quando voc� tem volume de lan�amento superior ao que vinha acontecendo, aumenta a busca por material e m�o de obra. Mas n�o h� exagero. J� havia essa previsibilidade disso."

    De acordo com o construtor, no Grande ABC houve aumento de 8% no n�mero de lan�amentos nos primeiros seis meses de 2010, o que faz com que o reajuste nos pre�os dos materiais - que soma 6,31% em 12 meses - fique dentro do esperado.

    "No primeiro trimestre de 2009 tivemos consequ�ncia da crise econ�mica que ainda estava complicada e seguramos esses projetos. H� mais obras, mas a maioria deveria sair no ano passado e foi atrasada para esperar que a situa��o melhorasse", lembra.

    O presidente do SindusCon (Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil do Estado de S�o Paulo) do Grande ABC, Paulo Piagentini, alerta que o d�ficit de m�o de obra � um dos principais desafios do setor. Em 12 meses, o n�vel de emprego aumentou 14,19%, o que corresponde a mais 323.639 trabalhadores empregados. Em pesquisa feita pela entidade em mar�o, Santo Andr� ocupou posi��o de destaque com 3,39% maior n�vel de vagas, ou 1.347 trabalhadores.

    "Em maio tamb�m houve diss�dio para categoria de 8,01%. Isso traz eleva��o nos pre�os tamb�m", pontua Piagentini.

    Para minimizar poss�veis danos que estariam a caminho, o diretor afirma que � cada vez maior a oferta de cursos de forma��o de profissionais. "Firmamos conv�nio para qualifica��o de m�o de obra. Atualmente, o que mais precisamos s�o profissionais de carpintaria e arma��o, que s�o usados no in�cio da constru��o, e pedreiro de acabamento, para a parte final", conclui.

    Empresas do setor precisam ampliar produ��o
    Para evitar poss�vel colapso no segmento, que aposta em crescimento ainda maior por conta do d�ficit habitacional brasileiro, o presidente do SindusCon (Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil) do Grande ABC, Paulo Piagentini, diz que � fundamental a amplia��o da ind�stria da constru��o para atender � demanda.

    Segundo o diretor, tem se tornado comum a expans�o dos servi�os oferecidos pelas companhias brasileiras. "Empresas grandes e estruturadas no setor, est�o diversificando os servi�os para ampliar mercado. Ainda h� espa�o para isso e tamb�m para novas empresas", salienta.

    Entre as principais altera��es, o diretor cita empresa j� famosa no ramo de el�trica que agora tamb�m parte para o segmento hidr�ulico.

    "Temos crescimento latente no Brasil que trata-se de necessidade real, n�o apenas uma bolha, baseado na anima��o do mercado", diz.

    A oferta de a�o, ainda escassa no Pa�s, � um dos setores que precisam de estrutura��o, de acordo com o diretor. "O governo diminuiu as taxas no caso de importa��o e isso j� traz melhoras a curto prazo."

    Piagentini avalia que a redu��o do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) tamb�m � grande conquista para que a constru��o civil n�o sofra com os constantes reajustes.

    "O governo fez a parte dele para ajudar o segmento e n�o h� mais muito que ele possa fazer. Reduzir os impostos de materiais foi feito. O que ainda existe s�o taxas altas nos im�veis, relativas a servi�os de cart�rio, mais a� tamb�m se estuda reduzir tarifas, pelo menos paras classes mais baixas auxiliadas por programas federais", declara.

    Procurada, a Anamaco (Associa��o Nacional de Comerciantes de Materiais de Constru��o) n�o se manifestou sobre o assunto.

    Fonte: Do Di�rio do Grande ABC

 

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