Pesquisa aponta que vagas no com�rcio e constru��o civil equilibram mercado de trabalho
Embora tenha apresentado ligeira queda de 0,4% sobre dezembro �ltimo, o n�mero de ocupados no mercado de trabalho, em janeiro, foi 0,5% superior a igual m�s do ano passado, somando 18,838 milh�es de pessoas no conjunto das seis regi�es metropolitanas onde � feita a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) pela Funda��o Sistema Estadual de An�lise de Dados (Funda��o Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese).
No primeiro m�s do ano, foram suprimidos 68 mil postos de trabalho sobre o m�s anterior, mas no total de desempregados houve um acr�scimo menor, de 37 mil, porque nesse mesmo per�odo um total de 31 mil pessoas desistiram de continuar a concorrer a uma vaga.
O levantamento - feito nas regi�es metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador, S�o Paulo e do Recife - mostra que esse resultado foi influenciado por um comportamento mais concentrado na ind�stria, onde houve corte de 88 mil vagas, representando um recuo de 3% sobre dezembro.
J� no setor de com�rcio e repara��o de ve�culos automotores e motocicletas ocorreu a cria��o de 17 mil oportunidades de trabalho, com alta de 0,5%, enquanto na constru��o surgiram 39 mil postos, ou 2,6% sobre dezembro. Esse saldo positivo equilibrou o mercado de trabalho.
Nos �ltimos 12 meses, at� janeiro deste ano, foram criadas 96 mil ocupa��es. S� o setor de servi�os ampliou as ofertas em 176 mil, a constru��o gerou 19 mil e o com�rcio e repara��o de ve�culos automotores e motocicletas aumentou o n�mero de vagas em 9 mil . Mas a ind�stria de transforma��o andou na contram�o, fechando 119 mil postos, um recuo de 4%.
No per�odo acumulado de janeiro a janeiro, o n�vel de ocupa��o cresceu no Recife (2%); em Belo Horizonte (1,4%), Fortaleza (0,9%) e Salvador (0,6%). Houve queda em Porto Alegre (-0,5%) e ficou est�vel em S�o Paulo (0,1%).
Segundo o coordenador da pesquisa pela Funda��o Seade, Alexandre Loloian, apesar de a regi�o metropolitana de S�o Paulo ter tido ligeiro acr�scimo na taxa de desemprego comparado a dezembro �ltimo, passando de 9,3% para 9,6%, esse foi o menor n�vel para um m�s de janeiro desde 1991, quando havia atingido 9,9%. A menor da s�rie hist�rica foi registrada em janeiro de 1990 (6,9%).
�� absolutamente normal ocorrer redu��o do emprego em janeiro [sobre dezembro] e a decis�o das empresas em contratar pessoal sempre � mais fraca no primeiro quadrimestre�, observou Loloian. No caso do desempenho da ind�stria, ele avalia que a surpresa foi a magnitude dos cortes. As ofertas de emprego no setor ca�ram em torno de 5%, na compara��o com a m�dia de 2011.
Conforme acentuou o economista, o setor j� vem h� algum tempo se ressentindo da concorr�ncia com a ind�stria estrangeira, j� que o c�mbio vinha favorecendo a entrada de artigos importados no pa�s. Al�m disso, sofre o assombro do impacto vindo da atividade econ�mica em baixa na Argentina e na Venezuela.
Para a economista Ana Maria Belavenuto, do Dieese, o movimento de neg�cios associados �s elei��es e � Copa do Mundo devem ajudar a manter saud�vel o quadro de emprego e renda. �Estou apostando que n�o vai piorar�.
O rendimento m�dio dos ocupados em dezembro sobre novembro, conforme �ltimo resultado dispon�vel, ficou est�vel em R$ 1.661,00, e tamb�m n�o houve altera��o no caso dos assalariados, com ganhos na m�dia em R$ 1.664,00. Houve alta de 1%, em Belo Horizonte (1.832,00); em Salvador com 2,2% (R$ 1.208,00) e no Recife 0,7% (R$ 1.191,00). Em sentido oposto, caiu a renda m�dia mensal em Fortaleza (-0,7%, para R$ 1.135,00); em S�o Paulo (-0,5%, para R$ 1.840,00 e Porto alegre (-0,3%, R$ 1.779,00).
Fonte: Ag�ncia Brasil
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